A descolonização portuguesa não tem autores. Ninguém assume a sua paternidade. (…) Ela já era irreversível em Junho de 1974, uma altura de falsa tranquilidade.
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A política nem sempre tem a lucidez-capacidade nem a inteligência de estar à altura do Povo que representa, faltando-lhe a sagacidade da decisão assertórico-afirmativa no momento histórico decisivo, com a descolonização portuguesa, nos moldes em que foi feita, a ser e a permanecer um capítulo controverso da nossa História.