que valorizamos os humanos? Seria aceitável, por exemplo, que uma
inteligência artificial explorasse os humanos e até os matasse para contemplar
as necessidades de seus próprios desejos? Se a resposta é negativa, a despeito
da inteligência e do poder superiores, (…) [da máquina, porquê aceitar o estado
de negação homo ético-moral de submissão-exploração digital-tecno IA Gen da
escola humanóide]?». (Yuval Noah Harari)
…
O ecossistema educativo-escolar em Portugal, vive a experiência da urgência da
«dita-chamada» para a modernização sistémica de transformação do ensino, a
solução final para o pseudo (do grego, pseudes, psêudos, que significa
literalmente mentira, falsidade, de teor e conteúdo falso, de duvidar) sucesso
escolar (não educativo, são coisas diferentes) – de eficiência, positividade e
benefício para alunos (nomeadamente os nativos digitais) e professores – e até
já se fala em projectos-estudos de caso em que acontece o milagre milagreiro
de aprovação a 100%. Falamos do projecto Creative Classroom labs em cocolaboração com a Direcção Geral de Educação em 2013; falamos do projecto
desenvolvido em 2015 com a Fundação Calouste Gulbenkian, com a
implementação de sete salas de aula no interior do país, casos de Ponte de Sor,
Vendas Novas e Vidigueira, visando o feroz combate ao insucesso escolar, e em
que o resultado final-solucional-motivacional de aprovação da escola digital
vingou sem espinhas, com mérito, aplauso e distinção a 100% – digo e repito,
a 100%! – Bravo!
E depois a ladainha, recorrente, de novas dinâmicas e metodologias,
suportadas, claro está, por, adivinhem lá, pela inovadora tecnologia, panaceiaresposta para o problema do insucesso nego-negativo dos resultados escolares,
o elixir educacional do século XXI, a Eureka (princípio de Arquimedes de
Siracusa) tri-milenar. No contexto educativo-escolar e familiar para o
aproveitamento escolar, vamos educar-ensinar a digitalizar, e pronto (…)
«descobri»!